Três anos depois de se recuperar de um câncer de mama, Silvia Helena da Rosa, de 40 anos, deu à luz a quadrigêmeos em Londrina, no norte do Paraná.
João Paulo, Luiz Henrique, Pedro Augusto e Vitor Hugo nasceram na última segunda-feira (29), com 28 semanas de gestação, todos com pouco mais de 1,2 kg. Os bebês estão internados na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) Neonatal do Hospital Evangélico de Londrina.
Durante a fertilização, dois embriões se desenvolveram e se dividiram em dois cada um. Portanto, os bebês formam duas duplas de gêmeos univitelinos, ou seja, duas duplas de gêmeos idênticos.
Como a gravidez era de risco, Silvia, que é de Arapongas, a 35 km de Londrina, passou o último mês internada.
Para a chegada dos quatro bebês, uma grande operação foi montada no hospital. A médica obstetra Sueli Aparecida Gorla disse que a sala cirúrgica estava cheia, com quatro berços, quatro pediatras, quatro auxiliares. “Nós estávamos em quinze pessoas na sala, para receber os nossos filhotinhos”, declarou.
Depois do nascimento veio o alívio, mas também a preocupação. O pai, o azulejista Márcio Antonio de Toledo, diz que a adaptação vai acontecer aos poucos e que eles vão contar com a ajuda da família.
“Eu preciso trabalhar também, senão como é que eu vou sustentar esse pessoal todo aí? Mas tem gente que vai ajudar…minha mãe, minha família, a família dela também. A gente tá se unindo pra conseguir cuidar bem deles”, contou.
A história de Silvia
Quando casou, aos 33 anos, Silvia fez um check-up para engravidar e descobriu que estava com câncer de mama. “Pra mim foi um baque muito grande. Eu achei que eu ia morrer”, contou.
Não foi fácil adiar o sonho de ser mãe. O tratamento durou quatro anos. Depois de curada, a técnica de enfermagem começou a tentativa natural de ter filhos. Como não deu certo, a gravidez veio através da fertilização.
Nas primeiras semanas de gestação, ela foi informada que estava grávida de gêmeos. No segundo exame, o médico informou que ela teria trigêmeos.
“Na próxima semana retornei lá e ele assustou. Falei: ‘Meu Deus, o que tá acontecendo?’ Silvia, tem mais um aqui, achei mais um, são quatro. Eu falei: meu Deus doutor, e agora? Estou com medo de fazer ultrassom de novo”, relatou a mãe.
Globo.com