Após reunião nesta quarta (26), categoria decide requerer aos sindicatos e à prefeitura o direto de abrir as lojas dia 10 de outubro e fechar no dia 02 de janeiro
Comerciantes de Arapongas decidiram quarta-feira (26) à noite pedir aos sindicatos e à prefeitura o direto de trabalhar no feriado de 10 de outubro. O encontro aconteceu no auditório da Associação Comercial (Acia – edifício Palácio da Indústria e Comércio, 1º andar) e reuniu 24 donos ou gerentes de lojas afiliadas. Eles todos se manifestaram favoráveis ao expediente no aniversário da cidade. Indicam ainda a compensação pelo dia 02 de janeiro – que também cai num sábado.
Fotocópias da ata e da lista de presença desta reunião seguem agora ao Sindicato do Comércio Varejista de Londrina e Região (Sincoval), ao Sindicato dos Empregados no Comércio de Londrina e Região (Sindecolon) e ao poder público municipal. Nessas instâncias é que se decide se o comércio abre ou não.
Faz poucos meses os empresários pareciam resignados quanto à data. Mas o recrudescimento das demissões na indústria anda sangrando o comércio.
De janeiro a julho 564 empregos deixaram de existir nas fábricas de móveis, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). E o resultado disso, 205 postos de trabalho nas lojas já extintos.
O Caged aponta que a economia local tem agora 837 empregos formais a menos do que havia em janeiro. “No ano passado o pedido de abertura foi decisão de uma instituição, no caso a Acia. Desta vez os próprios comerciantes requerem esse direito, pois eles estão realmente apavorados com os efeitos da crise”, afirma a gerente-administrativo da Associação Comercial, Elizabeth Liberato.
“Mas claro, os empregados têm condições de pôr isso na balança e discutir com a sua categoria. Qualquer decisão será democrática, dependendo da aprovação de todas as instituições envolvidas.”
Elizabeth observa que “o que interessa à cidade é uma deliberação dialogada, sem rachas. Acima de tudo, é a união e são os pequenos esforços de cada um no dia a dia que podem nos livrar deste momento horrível em que se encontra a economia local.”
Só no Dia dos Pais as vendas a prazo na cidade encurtaram 10%, indica relatório do Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC).