Empresários da região exigem nova alternativa de retorno no projeto apresentado pela CCR/Rodonorte
A concessionária CCR RodoNorte fez hoje, no salão nobre da prefeitura de Apucarana, uma apresentação técnica do projeto de duplicação da BR-376, mais exatamente do trecho de 11 KM que liga Apucarana a Califórnia. No encontro, com a participação de industriais, representantes de Cocamar, do Exército e da comunidade, além de técnicos da prefeitura, foram mostrados detalhes do cronograma da obra.
“O viaduto que liga o contorno sul à rodovia está na fase final e só estamos aguardando a ordem de serviço do DER para iniciar a pavimentação no primeiro segmento deste trecho, mais exatamente 4,3 km de pista entre o viaduto e o 30º Batalhão de Infantaria Mecanizado. Temos até os equipamentos no local para iniciar os serviços”, detalhou a engenheira da RodoNorte, Edeli Ribeiro.
De acordo com Edeli, outra etapa da obra deve começar praticamente simultaneamente a da pista, aguardando apenas ordem de serviço do DER. Trata-se da trincheira de acesso ao aeroporto e de retorno rodoviário que está projetada junto ao distrito da Vila Reis.
Conduzida pelo gestor de atendimento da RodoNorte, Mauro Bertelli, a reunião também foi marcada por contestações, em especial sobre pontos de retornos rodoviários. De acordo com o projeto apresentado no encontro, os veículos que vierem no sentido de Maringá para acessar a BR 376 terão que percorrer 5 km até a trincheira da Vila Reis para encontrar o primeiro retorno o centro de Apucarana. Atualmente, essa manobra é realizada através de um acesso direito do contorno sul que corta a rodovia.
Essa nova condição criada pela duplicação foi fortemente contestada pelos empresários instalados no Parque Industrial Sul, bem como cooperativas, pedreira, e o próprio exército, além da comunidade daquela região. “Será necessário percorrer 10 km a mais, entre ida e volta. É uma despesa muito alta, aumentando o custo operacional das empresas e a mobilidade será bastante dificultada em prejuízo também de moradores do Núcleo Adriano Correira, Jardim Curitiba, da comunidade do DER, da Vila Reis e da zona rural daquele trecho, além do batalhão do exército”, manifestou Antônio Damas Ribeiro, sócio-proprietário da Pedreira Brasil. A opinião é comungada também por representantes da Caramuru, Paranatex, cooperativa Cocamar, de associações de moradores.
A alternativa apresentada foi amparada num projeto de construção de uma trincheira do 30º BIMec já protocolada na RodoNorte. A obra, localizada em frente ao batalhão visa justamente proporcionar um contorno rodoviário da BR 376. A alternativa foi vista como uma solução para os problemas de mobilidade das empresas e comunidade daquela região. Diante de uma imprevisão de quando o exército poderia viabilizar essa obra com recursos próprios, o encaminhamento sugerido pelo vice-prefeito e engenheiro, Junior da Femac, e aprovado pelos participantes do encontro, é de buscar junto do governo do estado e do DER a inclusão deste projeto do exército na duplicação da BR 376.
“Vamos agora ao governador Beto Richa e ao DER para levar esse pleito. Tenho certeza que vamos conseguir êxito porque é uma reivindicação que tecnicamente se sustenta. O próprio 30º Batalhão já apresentou um projeto de trincheiras e isso facilita nosso diálogo com o DER e o governo do estado. A prefeitura apóia essa causa porque terá nesta região um dos maiores projetos da gestão do prefeito Beto Preto, que é a construção do novo Parque Industrial da Juruba, com mais de 200 lotes. É um espaço que vai abrigar muitas indústrias e ter um fluxo enorme de caminhões e carros. Precisamos de fato de mobilidade naquela área”, afirmou Junior da Femac.
“Isso é um absurdo, pois o projeto original que me foi apresentado no início deste ano pela diretoria CCR/Rodonorte previa um retorno alternativo ao da Vila Reis. Essa obra precisa existir e vamos tratar desse assunto com prioridade”, declarou o prefeito Beto Preto, ao participar dos debates finais da reunião.