O consumo compulsivo de doces está ligado a problemas psíquicos e orgânicos. Esta é a conclusão de vários especialistas em nutrição, que se basearam em pesquisas e entrevistas pessoas que tem uma vontade quase irresistível de comer doces. Estes especialistas verificaram que a voracidade por bombons pode ser tão doentia quanto à dependência do álcool ou drogas.
A ingestão de doces geralmente é para compensar algum problema emocional ou melhorar o humor de quem sofre da compulsão. Mas, depois, é comum que os devoradores de doces comecem a ter pesadelos com a balança.
Como muitas pessoas com transtornos alimentares parecem também sofrer de depressão ou ansiedade, alguns pesquisadores acreditam que pode haver uma relação entre estes problemas. Eles afirmam que a compulsão pode ser uma adaptação do organismo para suprir um desbalanceamento entre a noradrenalina e serotonina,dois dos neurotransmissores responsáveis pela comunicação entre os neurônios.
Estudos recentes mostram que as pessoas que sofrem de um desequilíbrio no sistema Serotonina /Noradrenalina podem exibir também uma disfunção alimentar ligada a distúrbios psiquiátricos. A serotonina também interfere no estado de humor e na sonolência; quando há uma diminuição dessa substância no cérebro, a pessoa sentiria necessidade de ingerir açúcar.
Há teorias que consideram a preferência por doces uma maneira de compensar hábitos introduzidos desde a infância: as mães costumam adoçar o leite das mamadeiras; quando a criança é bem comportada, ganha um refrigerante; à partir da adolescência, os namorados se presenteiam com bombons. O doce adquire assim, um significado afetivo na maioria das famílias. E ao haver uma carência de afeto, a compensação pode ser buscada no próprio doce.
Clínica de Nutrição – Dra. Juliana Soares – CRN 1883
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