Um estudo com 30 países divulgado pelo IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação) mostra que o Brasil é o país onde os impostos arrecadados menos se convertem em serviços para a população.
O Brasil tem uma das cargas tributárias mais elevadas do mundo. Atualmente, ela corresponde a, aproximadamente, 37% do PIB (Produto Interno Bruto)
Não é aumentando o peso da carga tributária sobre as costas do cidadão que o governo deve encontrar solução para aumentar a arrecadação. Mais impostos podem enfraquecer a economia e, como consequência, haverá menos negócios passíveis de tributação pelo governo.
E para piorar o que é péssimo, a fome de impostos é absolutamente tanto irracional quanto insaciável. Não há um só governo capaz de formular um plano, ainda que de longo ou longuíssimo prazo, que vislumbre um planejamento que vise reduzir a carga tributária. Aliás, o país não tem plano nenhum para o futuro. É a pátria da injustiça social e do improviso governamental.
Nas últimas décadas, o país iniciou uma trajetória absolutamente insana na escalada dos impostos. Saiu de patamares que jamais foram baixos para a estratosfera europeia. E a única contrapartida real e palpável que se obteve para esse aumento de impostos foi a… corrupção. Sim, há uma estreita linha paralela traçando os caminhos percorridos pela carga tributária de um lado e a roubalheira de dinheiro dos cidadãos do outro lado. De forma que quanto mais se arrecada, mais ainda se rouba.
E esse roubo se da de todas as formas e em todos os níveis da administração. De câmaras municipais de cidades minúsculas às prefeituras de pequenas, médias e grandes, dos Estados mais pobres da Federação aos portentosos detentores dos melhores índices econômicos, da repartição pública federal que pouca gente sabe sequer que existe, aos mais luxuosos gabinetes da República. Não é a toa que os impostos no Brasil são tão elevados e nunca sobra dinheiro para devolver serviços de qualidade para quem os paga.
A verdade é que se os governos brasileiros arrecadam demais e gastam de menos com a aquilo que verdadeiramente interessa à população, então sobra dinheiro aos montes. E ao sobrar, o Estado se torna perdulário, irresponsável. Não é por outra motivação que o Brasil, que jamais entregou qualidade de vida sequer mediana em comparação com a Europa ou com os Estados Unidos, pratica devaneios desnecessários e de certa forma insanos ao patrocinar eventos como a Copa do Mundo, no ano passado, e as Olimpíadas, no ano que vem. Ou ao investir os impostos pagos pelos esfolados brasileiros em países sem a menor identidade cultural com sua população. E, para fechar esse ciclo de gastança sem justificativa racional, some-se a rede de corrupção presente em cada repartição do país. Nenhum povo do planeta conseguiria pagar por tanta bandalheira e irresponsabilidade administrativa.