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Arapongas

Violência infantil gera alerta em Apucarana e Arapongas

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O caso do menino Henry Borel, supostamente assassinado pelo padrasto no Rio de Janeiro em março, reacende a discussão sobre a omissão da sociedade em relação à violência infantil. As investigações do caso apontam que familiares, empregados e até a própria mãe da criança tinham conhecimento das agressões e nada foi feito. Profissionais alertam famílias sobre a importância de reconhecer precocemente situações de violência para livrar crianças de finais trágicos como este que ganhou repercussão nacional.
Em Apucarana, o Conselho Tutelar já atendeu 500 ocorrências de violação dos direitos da criança e do adolescente, apenas de janeiro a abril. De acordo com o Conselheiro André Reis Avelar, a maioria dos casos é de violência física, psicológica e verbal. “A gente recebe muitas denúncias de pais e mães separados que observam que o filho pode estar sofrendo agressões por parte dos atuais companheiros. Geralmente chamamos a família para uma conversa e tentamos identificar se realmente está ocorrendo. Mas percebemos que só o fato de acionar o Conselho Tutelar já inibe agressões”, relata Avelar.

Avelar reforça que é muito importante que a família esteja atenta aos sinais de que a criança possa estar sofrendo violência, principalmente durante a pandemia, enquanto as aulas estão suspensas. “A escola é a principal parceira do Conselho Tutelar porque o professor acaba passando mais tempo com a criança e consegue identificar as mudanças no comportamento. Neste período em que as crianças estão mais em casa é importante ouvir, perguntar e principalmente acreditar na criança se ela diz que algo errado está acontecendo. Em caso de qualquer suspeita o Conselho já pode ser acionado para ajudar”, disse o conselheiro.
Em Arapongas, de janeiro a dezembro do ano passado, o Conselho Tutelar realizou 658 atendimentos, dos quais, 91 registros de violência física ou psicológica e 44 casos de violência/abuso. Segunda a presidente do Conselho Tutelar de Arapongas Eliane Girassol, neste ano, até agora, 173 atendimentos foram realizados, 80% deles, relativos a negligência com os menores. “Deixar a criança sozinha em casa ou com outras pessoas é muitas vezes a porta para o abuso ou agressão. Por causa da pandemia, estas situações de agressão aumentaram na cidade porque as crianças estão mais tempo em casa e são mais vulneráveis. Por isso é muito importante que toda a sociedade, seja parente, amigo ou até mesmo um vizinho, que desconfiar de uma situação de maus tratos, que acione imediatamente o Conselho Tutelar para acompanhar. Isso pode salvar a vida da criança”, pontuou Eliane.

SINAIS: CRIANÇAS ALTERAM COMPORTAMENTO

A psicóloga Karine Marques enfatiza que a criança sempre dá sinais quando algo está errado e que é muito importante acreditar no que ela diz.

“A criança que sofre violência geralmente apresenta mudanças no comportamento e pode ficar mais introvertida, mais calada, pode apresentar dificuldades de aprendizado, etc. Crianças muito pequenas tem mais dificuldades para se expressar, então, geralmente podem acontecer alterações do humor, maior agressividade, e em alguns casos, quando essa criança vivencia a violência ela acaba reproduzindo essa violência também, seja com agressões físicas ou com objetos. A abordagem com a criança pode partir dos pais ou de pessoas mais próximas, é importante criar um ambiente de segurança para que ela tenha essa abertura e possa receber ajuda”, explicou.
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