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Idepplan avalia estacionamento subterrâneo em Apucarana

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A construção de um estacionamento no subsolo da Praça Rui Barbosa, como forma de resolver a falta de vagas no entorno da Catedral Nossa Senhora de Lourdes, é alvo de estudo do Instituto de Desenvolvimento, Pesquisa e Planejamento de Apucarana (Idepplan), da prefeitura. Há cerca de um mês, técnicos da administração avaliam a viabilidade da obra dentro de um pacote de propostas para melhorar a mobilidade urbana na cidade.

O estudo veio à tona após o pároco da Catedral, Roberto Carrara, defender publicamente a regulamentação de vagas em trecho da praça pertencente à Igreja e, futuramente, a criação de um estacionamento subterrâneo como forma de resolver o uso irregular do local aos domingos, nos horários das missas. O diretor geral de projetos do Iddeplan, Evandro Choma, confirma que há um levantamento em andamento motivado pela falta de vagas no entorno da praça, que concentra comércio e rede bancária.

“Na verdade, o problema não é no domingo à noite apenas. É nas segundas-feiras e no dia 10 de cada mês, em horário bancário”, diz. Segundo ele, há 208 vagas no entorno da praça, entre as de uso geral e as reservadas para taxistas, idosos, deficientes físicos e de curta duração. Técnicos avaliam a viabilidade de construir o estacionamento sob o atual espelho d’ água. “Inicialmente, os estudos prévios apontam que em um andar seria possível colocar 100 carros”, comenta, afirmando que, para solucionar o problema, mais de um andar deveria ser construído.

Segundo Choma, outros estudos estão em andamento no Iddeplan para melhorar o trânsito, com foco em pontos como transporte coletivo. “Esse estacionamento subterrâneo é uma conversa antiga que hoje está sendo vista tecnicamente pela primeira vez”, diz. Ele afirma, entretanto, que a viabilidade financeira do projeto é um fator impeditivo, ainda que o investimento viesse da iniciativa privada. “Ainda não entramos no quesito custo, mas é uma obra de milhões”, pondera.

ESPECIALISTAS – Engenheiros consultados pela Tribuna observam – além do alto investimento necessário- o transtorno que uma obra deste porte pode acarretar no centro da cidade.O presidente da Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Apucarana (AEAA), Sérgio Takaki, diz não ter estimativa do custo de um empreendimento desse porte. A solução apontada por Takaki é a utilização do transporte público como principal meio de locomoção.

“As grandes capitais estão incentivando o uso do ônibus e da bicicleta. Por isso, na minha opinião, o melhor é a população deixar o carro em casa”, opina.Apesar de ser contrário à ideia, o engenheiro Eden Marcos Corbacho, vice-presidente da AEAA, acredita que a execução da obra não seria complicada, mas outras medidas seriam melhores. “Temos vários terrenos vazios que poderiam ser usados para estacionamento. Seria menos impactante para a população, porque uma obra dessa no centro da cidade causaria uma série de transtornos”, avalia.

O arquiteto e urbanista, Marcelo Ferreira, diz que uma obra deste porte não será executada pelo menos nos próximos 10 anos. “Não vão direcionar verbas que poderiam resolver uma infinidade de problemas na cidade para aumentar o número de vagas. E, para resolver o problema, precisaria construir dois pisos. É preciso desenvolver políticas para descentralização dos serviços”, opina.

Fonte: TNonline

Foto: Delair Garcia

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