Além de ser uma excelente fonte de proteína de alto valor biológico, o ovo é um alimento rico em antioxidantes, como as vitaminas (A, B6, B12, D, E, K, colina) e os minerais (selênio, magnésio, zinco, ferro, cálcio e manganês). E ao contrário do que muita gente pensa, o ovo (gema + clara) pode e deve ser iniciado na alimentação complementar a partir dos seis meses de vida. Até então, a necessidade nutricional do bebê deve ser suprida exclusivamente pelo aleitamento materno.
A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) entende que, preferencialmente, a introdução do ovo seja feita aos seis meses de idade, quando o desenvolvimento neuropsicomotor e os sistemas digestivo e renal do bebê estão plenamente prontos para receber alimentos diferentes dos líquidos. Esta recomendação se mantém mesmo para as crianças que não estão em uso de leite materno.
“As mamães, papais e cuidadores ainda ficam inseguros e ansiosos sobre a introdução do ovo na alimentação do bebê, por ele compor a lista de alimentos alergênicos. Porém, há um consenso médico e nutricional sobre a segurança desta iniciação entre o 6o e 10º mês de vida”, afirma Dra. Milena Cornacini, Nutricionista Clínica, Esportiva e Ortomolecular, Mestre e Doutora em Nutrição e Consultora Técnica da Katayama Alimentos.
Estudos literários sugerem que a introdução precoce do ovo pode prevenir contra problemas de intolerância ao alimento. “No momento em que o bebê está constituindo seu sistema imunológico e oferecemos alimentos considerados mais alergênicos, seu organismo se sensibiliza e há menos chance de desenvolver alergia a este alimento”, explica Dra. Milena. Segundo os Guias de Conduta Americano, Europeu e Brasileiro, quando o ovo é introduzido após os nove meses, o risco de alergia aumenta em 1,5 vez e após os 12 meses de vida, em três vezes.
Como servir?
Sempre oferecer ao bebê o ovo bem cozido, para evitar riscos de contaminação;
É imprescindível realizar a pré-seleção visual dos ovos para que o processo de higienização seja eficaz; os ovos podem ser lavados, no momento que forem usados, com água potável ou água potável seguida da sanitização com cloro 100 ppm por três minutos;
Recomenda-se a fervura do alimento por sete minutos;
A quantidade de ovo oferecida é particular, segundo a necessidade do bebê, lembrando que quando consumido, o ovo pode substituir as carnes na papinha;
O ovo pode ser oferecido como prato principal (amassadinho, em pedacinhos, mexidinho ou omelete); e também utilizado em outros preparos ou receitas como suflê de legumes, bolos, tortas, etc. – de acordo com a evolução do cardápio do bebê.
É importante ressaltar que o período de vida entre a gestação e os dois anos de idade da criança (cerca de mil dias) é determinante para a promoção do crescimento e do desenvolvimento do indivíduo devido à acentuada velocidade de multiplicação celular. Sendo assim, a nutrição adequada na infância precoce é fundamental para o desenvolvimento completo do potencial de cada ser humano.
Sempre que necessário, é importante e indicado que os pais busquem um profissional nutricionista, neste caso um especialista em materno infantil, a fim de planejar uma dieta personalizada, objetivando a prescrição de um plano de acordo com as necessidades nutricionais e biológicas para o desenvolvimento saudável do bebê.
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