Arapongas e Apucarana fecharam, juntos, mais de 900 postos de trabalho.
A quantidade de empregos formais no Brasil despencou em junho. De acordo com dados oficiais do Ministério do Trabalho, divulgados ontem, houve uma redução de 111.199 vagas em todo país. O resultado é o mais baixo desde o início da série histórica, iniciada em 1992, quando a redução de vagas chegou a 3.738. Na região, o desempenho do mercado formal também está em queda acentuada. Nos nove municípios da microregião de Apucarana – que inclui Arapongas – foram fechadas 1.021 vagas.
Em Apucarana, foram 304 postos de trabalho a menos em junho, no quinto mês consecutivo de saldo negativo do ano. Já em Arapongas, foram fechados 619 postos de trabalho. Com este dado, Arapongas entra no terceiro mês do ano com saldo negativo.
Contudo, a perda de vagas em junho é mais que o triplo da soma de abril e maio quando foram fechadas 177 vagas. A queda expressiva já era esperada por conta da crise na indústria moveleira, que se acentuou em junho. Só a Simbal demitiu mais de 100 funcionários no mês passado antes de pedir recuperação judicial.
O resultado de junho é semelhante ao observado no mês anterior, maio, quando a redução foi de 115.599 empregos celetistas no Brasil. Dentre os principais setores onde houve perda de vagas estão: a indústria da transformação (que diminuiu 64.228 postos), serviços (retração de 39.130) e o comércio (menos 25.585).
No acumulado do primeiro semestre de 2015, o Brasil já perdeu 345.417 empregos celetistas. Foram 9.819.178 admissões e 10.164.595 desligamentos.
Na região, Apucarana lidera em perda de vagas no acumulado do semestre. Foram fechadas 648 vagas.
Em Arapongas, que manteve índices de crescimento no primeiro trimestre o saldo negativo acumulado é de 134 vagas. Terceiro maior município da região, com economia menos dependente do setor industrial, Ivaiporã se mantém como exceção.
Em junho, o saldo manteve-se positivo, com criação de 10 novos postos de trabalho. No acumulado do semestre, o município garantiu novas 143 vagas.
PARANÁ – Na lista dos Estados em que mais houve perda de vagas com carteira assinada, São Paulo aparece no topo. A redução chegou a 52.286 postos. A mais acentuada do país. O Rio Grande do Sul aparece em seguida, com fechamento de 14.013 vagas. Depois vem o Paraná, que perdeu 8.893. No acumulado do semestre, entretanto, o Paraná é o segundo estado no ranking de geração de empregos formais. No primeiro semestre, o Paraná abriu 13.998 novas vagas de trabalho com carteira assinada.
Fonte: TNOnline
Foto: Sergio Rodrigo