Todos os dias temos a chance de repensarmos vivências, atitudes e pensamentos enraizados que carregamos ao longo da vida. A partir de uma leitura, um filme ou mesmo um diálogo com um amigo ou familiar, podemos lançar luz sobre o modo como agimos e buscarmos formas de aperfeiçoamento. Compartilho com vocês um trecho do livro ‘Paradoxo’, que ilustra muito bem a vida de tantas pessoas que incansavelmente buscam encontrar a felicidade:
— Vê esta rosa?
Ele assentiu com a cabeça.
— Acha que ela precisa de outra rosa para florescer?
— É claro que não — disse de maneira convicta.
— Então por que você acha que precisa de outra pessoa para alcançar estados de espírito que só dizem respeito a você?
O jovem pensou um tempo e respondeu com os olhos cheios d’água.
— Se é assim, por que eu fui tão infeliz a minha vida inteira?
— Acha que aquela rosa tão majestosa floresceu de um dia para o outro? […] — Bernardo… Ainda que uma outra pessoa possa ajudar você a encontrar a felicidade, a paz ou até mesmo o “amor”, você poderá viver plenamente tais estados espirituais se aprender a fazer isso sozinho. Pois esses são dons que nasceram com você (Paradoxo – Renivaldo Cordeiro).
O que podemos refletir sobre esse diálogo? Penso que ele nos ajuda a pensar como muitas vezes culpamos os outros pela nossa infelicidade. Entendo que várias situações fogem do nosso controle, mas percebo tantas pessoas insistindo em algo que já não mais faz sentido!
Importante sabermos chorar quando preciso, mas também levantar e buscar um caminho próprio para sermos felizes. Um caminho com menos parâmetros, menos comparações, menos autocobranças e mais sentido pessoal. Pense nisso!
*Cláudia Yaísa Gonçalves da Silva é psicóloga, professora de Psicologia, Doutoranda em Psicologia Clínica pela USP, especialista em Psicanálise. Site www.psico.life / e-mail: [email protected] / Instagram: @psico.life / Facebook: Psico.Life
Fonte Imagem: Pixabay bench-1853961_1280