O Sima enviou um oficio a alguns órgãos pedindo que os Governadores e Prefeitos do Brasil reavaliem a necessidade de realmente manter o comércio, industrias e estradas fechadas.
Segundo o oficio, isso trará um caos econômico para o polo Moveleiro. O desemprego em massa no polo
que emprega mais de 23 mil pessoas, estaria
muito próximo. No retorno das férias, não restará outra alternativa para as
empresas, senão iniciar as demissões.
_Ofício 073AB-20 – Vamos trabalhar Brasil! (1)
Confira o oficio:
Desde o início da epidemia do coronavírus, as empresas
associadas ao Sindicato das Indústrias de Móveis de Arapongas (SIMA) vem
trabalhando com afinco na adoção de medidas visando minimizar o risco de
contágio para os funcionários que compõem o grupo de risco. Idosos, gestantes,
e pessoas com doenças pré-existentes foram afastados do trabalho. Além disso,
a intensificação das medidas de higiene, o rápido afastamento de quem tem
sintomas de gripe, e a conscientização geral, são medidas que também já foram
tomadas para proteger os funcionários que permanecem trabalhando.
Algumas indústrias sediadas nos municípios que compõem a base
territorial do SIMA ainda estão operando. Outras, já suspenderam suas
atividades através de férias coletivas, ou devido à edição de decretos dos seus
Prefeitos. Mas, as empresas que ainda estão funcionando, também já
anunciaram férias para os próximos dias, pois tiveram todos os seus pedidos de
venda cancelados.
O fluxo diário de recebimentos dos seus títulos está tendo queda
de mais de 90%, porque grande parte dos clientes não está mais conseguindo
honrar seus compromissos. A maioria destes clientes são empresas de pequeno
porte, pequenas lojas familiares de todo o Brasil que não tem solidez financeira
para suportar uma crise tão grave. Além disso, temos visto uma cautela
excessiva e compreensível dos bancos, o que tem dificultado as operações
financeiras.
Todo este cenário nos traz a certeza de que estamos muito
próximos de um colapso no segmento, que terá efeitos devastadores, e que
vamos levar vários anos para recuperar. O desemprego em massa no polo
moveleiro abrangido pelo SIMA, que emprega mais de 23 mil pessoas, está
muito próximo. No retorno das férias, não restará outra alternativa para as
empresas, senão iniciar as demissões.
Fazemos aqui um apelo para todos os Governadores e
Prefeitos do Brasil: “reavaliem, com a cautela técnica necessária, a
necessidade de manter o fechamento do comércio, das indústrias, e das
estradas”. Nós acreditamos que a mudança de postura que está sendo
amplamente discutida neste momento, que defende o isolamento
somente daquelas pessoas que fazem parte do grupo de risco, e que é
reforçada, inclusive, por alguns médicos e infectologistas, é o mais
sensato a se fazer nos próximos dias.
E vamos além, todas as empresas que reabrirem as suas portas
deverão estar obrigadas, mediante a edição de novos decretos, a cumprirem
integralmente todas as orientações das autoridades de saúde, com penalidades
duras, que podem chegar até a suspensão das atividades.
Com diálogo, sensatez, união, e muita fé, venceremos mais este
desafio.
SIMA-SINDICATO DAS INDÚSTRIAS DE MÓVEIS DE ARAPONGAS E REGIÃO