Rubens conta que saiu de casa aos nove anos. Hoje, tem 57. Durante estes 48 anos morando na rua, viu de tudo: amigos morrendo, as drogas ganharem o protagonismo que antes era do álcool, violência, fome, frio. Ele é uma das 60 pessoas que não têm residência fixa em Apucarana, segundo cadastro da Secretaria de Assistência Social do município. Como muitos, tem família à qual ele não consegue se adaptar.
A secretária de Assistência Social de Apucarana, Ana Paula Nazarko, afirma que a maior parte da população de rua é do próprio município. “Muitos são da cidade e ainda têm famílias aqui. São pessoas que, em sua maioria, se envolvem com algum vício e não se adaptam a um ambiente com regras. Por isso, muitos não aceitam nem ficar no abrigo municipal da prefeitura. A rua, na verdade, acaba virando um refúgio”, conta.
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