Olá leitores, hoje viemos falar de um assunto muito delicado, e de muita importância: o acolhimento.
Ao nosso redor existem pessoas que são mais quietas, que não interagem tanto com as outras, assim como também há aquelas que são super agitadas, comunicativas, e muitas vezes acabamos voltando nosso olhar para quem acaba se sobressaindo do que para quem fica mais no seu cantinho. No entanto, as pessoas que são mais quietas, e mais reservadas, muitas vezes estão passando por um sofrimento que ninguém sabe, ou uma fase difícil na vida. E que por não falar muito, é difícil às pessoas repararem.
O que queremos ressaltar é a importância de voltar o nosso olhar para todos, reparar nas atitudes dos outros, perceber algo que está diferente do normal e conseguirmos ajudar de alguma forma. Todos temos problemas, mas por motivos diferentes alguns tem mais habilidades para lidar do que outros.
Quando alguém chega ate nós para contar suas dores e suas angustias, alguém que esteja mais abatida, melancólica, seja amigo ou família, e acabamos tentando colocar a pessoa para cima, falando coisas do tipo: não fiquei assim, olha tudo que você tem, isso é uma fase e vai passar, ou fala pra pessoa ir fazer algo para ocupar a cabeça, essas falas acabam sendo para amenizar uma angustia nossa em escutar essa queixa, do que de fato uma fala que vai ajudar a pessoa. Acolher a dor do outro, não é falar que entende o que ela está passando, mas sim escuta-la sem pré conceitos, sem julgamento, e também sem colocar algo nosso no meio.
O acolhimento pode até ser feito através do olhar, do cuidado, da preocupação, de uma fala para ela buscar ajuda de um profissional competente, uma fala que priorize o sujeito falante ao invés de priorizar o problema que este relata. Ou seja, falar algo: eu imagino que não deva ser fácil, mas então eu posso te ajudar a buscar ajuda, posso te escutar.
Dessa maneira, estamos fazendo nosso papel de cidadãos comprometidos um com os outros, do que cidadãos solitários que acabam olhando e se preocupando apenas com si. Olhar o outro com afeto, já é um grande passo para sairmos do individualismo que vamos cada vez mais nos inserindo por vivermos numa sociedade capitalista.