Doze pessoas foram presas pela Polícia Federal (PF) em uma operação contra quadrilhas especializadas em explosões de agências bancárias na manhã desta quinta-feira (30) em cidades do Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul. A ação foi batizada de Miguelito.
Ao todo, foram expedidos 35 mandados judiciais, sendo nove de prisão preventiva, seis de prisão temporária, 18 mandados de busca e apreensão e dois de condução coercitiva, que é quando a pessoa é levada para prestar depoimento. Todos os mandados foram expedidos pela Justiça Federal de Maringá, no norte do Paraná.
Até a última atualização da reportagem, três pessoas estavam foragidas.
No Paraná, as ordens judiciais foram cumpridas em Londrina, Cambé, Arapongas e Curitiba; em São Paulo, as ordens foram expediddas para Sandovalina e Euclides da Cunha Paulista; e no Mato Grosso do Sul, os mandados foram cumpridos em Nova Andradina.
Investigações
De acordo com as investigações, que duraram 18 meses, foram identificados pelo menos dois grupos responsáveis por cerca de 20 ataques a instituições financeiras do Paraná e São Paulo.
Segundo a PF, na maior parte dos assaltos, os grupos utilizavam armas de grosso calibre e tinham táticas de realização de diversos disparos durante os delitos, espalhando clima de terror na população de pequenas cidades. Em alguns casos, os criminosos fizeram reféns como escudos humanos durante os confrontos com a polícia.
Câmeras de segurança registraram a ação de uma das quadrilhas em uma agência bancária de Terra Rica, no noroeste do Paraná, em agosto de 2016, conforme a polícia.
Em um confronto com a polícia, em abril deste ano, seis suspeitos morreram quando atravessaram o Rio Paranapanema, em Alvorada do Sul, no norte do Paraná, quando voltavam de uma ação criminosa no interior de São Paulo.
De acordo com a PF, as investigações e a deflagração da operação tiveram apoio da Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária do Paraná (Sesp).
Os crimes investigados na operação são organização criminosa, roubo agravado, latrocínio, porte de arma de fogo de calibre restrito e exposição a perigo mediante explosão.
O nome da operação, Miguelito, faz referência aos instrumentos compostos de pregos retorcidos espalhados pelas quadrilhas na fuga para dificultar perseguições policiais.
Com informações G1 Paraná.