O presidente Michel Temer exonerou Alexandre de Moraes do Ministério da Justiça e o nomeou para o STF (Supremo Tribunal Federal).
A nomeação foi oficializada em edição extra do Diário Oficial da União, publicada na tarde desta quarta (22), apenas quatro horas depois da aprovação de seu nome pelo Senado, por 55 votos a favor e 13 contra.
A partir de agora, a posse de Moraes deve ser marcada a qualquer momento -o prazo é de 30 dias após a publicação no diário. A data será definida pela presidente do STF, ministra Cármen Lúcia.
O novo ministro ocupará a vaga de Teori Zavascki, morto em acidente aéreo em 19 de janeiro.
Na terça (21), o nome dele havia sido aprovado por 19 votos a 7 na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), após 11 horas e meia de uma repetitiva sabatina.
Filiado ao PSDB até o momento em que foi indicado por Temer para a vaga, Moraes foi secretário da Segurança Pública de São Paulo.
Ele será revisor na Corte dos processos relacionados à Operação Lava Jato, que tem como alvos alguns dos senadores que o aprovaram nesta manhã, caciques do partido ao qual era filiado e integrantes do governo do qual fez parte até a indicação.
Para a oposição, Temer indicou Moraes ao STF justamente para blindar o governo da investigação.
Ele negou reiteradas vezes que suas relações anteriores influenciarão seu comportamento como ministro da Suprema Corte.
Moraes negou que haja um “desmonte” da operação, que tem como alvo 9 dos 51 senadores que integram a CCJ, e disse que os delegados que deixaram a força-tarefa da operação o fizeram por vontade própria