A notícia de um surto de febre amarela em Minas Gerais, Espírito Santo e no interior de São Paulo tem levado dezenas de pessoas a procurarem as salas de vacinação da Autarquia Municipal de Saúde de Apucarana, para a imunização contra a doença. A crescente procura surpreendeu o Departamento de Epidemiologia, mas há estoque suficiente de vacina para atender à demanda. Somente poderão ser vacinadas as pessoas que ainda não tomaram a segunda dose e, para tanto, devem apresentar a carteira de vacinação.
O diretor-presidente da AMS, Roberto Kaneta, deixou claro que o Paraná é área livre da febre amarela, “mas pessoas que pretendem viajar para as áreas de risco devem receber a vacina”. Segundo Kaneta, “para garantir a imunidade são necessárias pelo menos duas doses ao longo da vida, sendo que o reforço é aplicado 10 anos após a primeira dose”.
“Quem tomou as duas doses já está imunizado contra a doença”, frisa o diretor da AMS. O enfermeiro Luciano Pereira da Silva, coordenador do Departamento de Epidemiologia, destaca que “todas as unidades de saúde, onde existem salas de vacinação, têm vacina suficiente para atender à população”.
Pereira explica que “a vacinação é recomendada aos viajantes que se dirigem para áreas com matas e rios, e deve ser tomada até dez dias antes da viagem para que o organismo possa produzir os anticorpos necessários”.
A doença
A febre amarela é uma doença infecciosa causada por um vírus e transmitida por mosquitos. A infecção pode ser categorizada de duas formas: febre amarela urbana, quando é transmitida pelo Aedes aegypti; ou febre amarela silvestre, quando transmitida pelo Haemagogus e Sabethe.
Aguda e hemorrágica
A doença é considerada aguda e hemorrágica e recebe este nome, pois causa amarelidão do corpo (icterícia) e hemorragia em diversos graus. Apesar de ser considerado um vírus perigoso, a maioria das pessoas não apresenta sintoma e evolue para a cura. A febre amarela pertence à classificação das arboviroses, tendo várias diferenças entre a dengue e ao Zika vírus, apesar de pertencerem à família dos Flavivírus.
As informações são da Autarquia Municipal de Saúde de Apucarana