Com as altas temperaturas registradas na região nos últimos dias, boa parte da população busca rios e lagos para se refrescar. O problema é que esses locais dificilmente possuem estrutura adequada, oferecendo riscos aos frequentadores. O Corpo de Bombeiros de Apucarana pede que as pessoas tenham muito cuidado em locais como esses e evitem se arriscar, agindo sempre com responsabilidade.
Nesta semana, um caso chamou atenção no Paraná. Seis pessoas se afogaram no Rio Iguaçu, no município de Candói, região central do Paraná. Cinco deles morreram, sendo três jovens e dois rapazes. Uma sexta vítima que se afogou, outro rapaz, foi resgatada com vida e encaminhado ao hospital. O caso aconteceu na última segunda-feira (26).
Em Apucarana, é comum ver pessoas, principalmente adolescentes e jovens, nadando nas represas do Schmidt e do Parque do Jaboti em dias de calor. A reportagem da Tribuna esteve nos dois locais na tarde de ontem e flagrou grupos de jovens brincando nas águas. Os dois locais já registraram óbitos por afogamento. O último foi em novembro deste ano, na represa do Schmidt, vitimando Denis Padilha de Lima, de 47 anos.O soldado Alexandre Martins Kava, do 4º Subgrupamento de Bombeiros Independente (SGBI) de Apucarana, alerta para os cuidados que as pessoas precisam ter nesses locais.
Jovens se divertem e se refrescam no Lago Jaboti. Foto: Sérgio Rodrigo
“Geralmente, lagos e rios não oferecem as mínimas condições para as pessoas nadarem com segurança. São locais que podem se tornar bastante traiçoeiros, sobretudo por conta de possíveis correntezas e também da pouca visibilidade do fundo, tornando-os imprevisíveis”, afirma.
Segundo ele, os frequentadores devem ficar atentos a algumas práticas para reduzir as chances de um acidente.
“Nunca ir sozinho a esses locais é primordial. Também não se deve entrar alcoolizado na água, porque o álcool modifica a percepção do indivíduo e reduz a capacidade de reação. Nadar em locais desconhecidos também é um fator de risco e, nesse caso, o cuidado deve ser redobrado”.
Kava lembra ainda que é preciso ter cautela nas brincadeiras dentro d’água. “Muita gente gosta de pular de cabeça direto na água. Essa é uma prática extremamente perigosa. Há relatos de acidentes com pessoas agindo desta maneira, já que são locais onde é difícil ter a exata noção da profundidade. Até mesmo em piscinas esse tipo de acidente pode ocorrer. Todo o cuidado é pouco”, alerta.