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Apucarana

Médicos da Autarquia de Saúde de Apucarana alertam para o perigo da dengue

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Dengue tem tratamento, mas pode chegar a óbito rapidamente. O alerta vem de médicos que atuam diretamente no atendimento da doença da rede pública municipal de saúde de Apucarana.

O município vive uma epidemia da dengue, com 774 casos confirmados e 7 pessoas internadas no Hospital da Providência com a doença. O secretário municipal da Saúde, Emídio Bachiega, orienta a população a procurar atendimento o quanto antes nas Unidades Básicas de Saúde, assim que sentir os primeiros sintomas da doença.

“Nos dois primeiros dias a pessoa infectada apresenta sintomas como febre; dores de cabeça, perto dos olhos e nas articulações”, informa a médica da família da Autarquia Municipal da Saúde (AMS), Ariana Valim.

A médica Ariana, que também é preceptora da Residência Médica em Saúde da Família da AMS, explica que a partir do 3º dia começa a fase crítica da doença, podendo ocorrer sangramento na boca, nariz e gengiva; manchas vermelhas e coceira na pele; vômito; náuseas e diarreia. A fase de recuperação começa entre o 5º e 7º dia após o início dos sintomas”, detalha Ariana.

O secretário Bachiega reforça a importância de a pessoa procurar a UBS do seu bairro logo na fase inicial da doença. “A classificação da dengue, efetuada pelas equipes de saúde, começa pela avaliação dos sinais clínicos, aferição da pressão e temperatura, e a ainda a realização do exame da prova do laço, o que atesta se o paciente tem risco de sangramento, um dos principais sintomas da doença”, informa Bachiega.

De acordo com a médica Ariana Valim, que também ministrou a capacitação para mais de 500 profissionais incluindo médicos, enfermeiros e agentes de saúde e de endemias, sobre novos procedimentos no enfrentamento da dengue, a partir do momento que os sintomas do paciente indicam para a doença ele é direcionado para o melhor atendimento dentro da classificação clínica do tipo da dengue que apresenta. Aqueles com sinais de comorbidades e riscos são encaminhados para unidade de saúde sentinela, Bolivar Pavão, um local preferencial para atendimentos de dengue.

Na Unidade Básica de Saúde Bolivar Pavão, na Avenida Central do Paraná, que atende das 7 às 22 horas, o paciente inicia tratamento com aplicação de soro na veia e é realizado exame de sangue para  reavaliação do paciente no mesmo dia e monitoramento, lembrando que a pessoa com dengue não pode usar medicamento anti-inflamatório.

Em alguns casos é preciso encaminhar o paciente diretamente para UPA ou para internamento no hospital. “Temos uma equipe de saúde altamente capacitada para avaliar e tratar os diferentes estágios clínicos da dengue. Nosso objetivo maior é atender, medicar e evitar o agravamento do quadro”, afirma o prefeito Junior da Femac.

A médica Ariana Valim destaca uma orientação especial às gestantes. “Por ser grupo de risco devido à redução da imunidade, devem tomar todas as precauções para evitar a dengue. Uso de repelente diariamente e reforço na hidratação, com muita atenção no início dos sintomas, realizando a procura de atendimento médico imediatamente”, destaca.

O principal meio de evitar a dengue continua sendo a eliminação de criadouros do mosquito transmissor, Aedes aegypti. A população não pode deixar nenhum recipiente com água parada nos quintais de suas casas. Outra forma eficiente é o uso de repelente diariamente. “As pessoas com sintomas da dengue têm que usar repelente porque se o mosquito que pica essa pessoa dentro de casa é contaminado, vai transmitir a doença para os familiares que vivem no mesmo ambiente”, orienta a médica Ariana Valim.

O superintendente da Atenção Básica, Odarlone Orente, assegura que todas as UBSs e servidores da saúde estão fazendo todos os esforços para atender da melhor forma possível à população. “A prefeitura e Autarquia de Saúde estão mobilizadas para atender a determinação do prefeito Junior da Femac para que nenhuma pessoa fique sem atendimento. Chamamos à consciência de cada um para cuidar dos quintais. A dengue é uma doença viral que tem relação direta com o acúmulo de locais nos quais o mosquito transmissor pode proliferar”, reforça Orente.

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