Crianças inquietas, choronas e difíceis de lidar geralmente atraem mais a preocupação dos pais. Enquanto os mais quietinhos acabam ficando esquecidos e sendo reforçados por tal comportamento.
Através das típicas frases “Meu filho é uma gracinha, não me dá trabalho nenhum…mal fala!” No entanto, é justamente nesta afirmação que se encontra o problema.
A criança tímida tira boas notas na escola, mas é de poucos amigos. Por isso, vale refletir: até que ponto ser tímido e quieto é bom?
Crianças com esse tipo de personalidade raramente são levadas ao tratamento de terapia, pois devido a seu bom comportamento, aparentam estar psicologicamente bem. Isso ocorre principalmente com as meninas, pois são vistas como reservadas e sua quietude se torna virtude e sinônimo de delicadeza e ingenuidade. Já os meninos, por culturalmente já se esperar comportamento mais agressivo, acabam chamando a atenção dos pais para o problema da timidez excessiva.
O alerta deve surgir quando o retraimento é algo exagerado: a criança não conversa, ou o faz minimamente, não tem amigos e pouco exprime seus sentimentos. Além disso, ela não se permite experimentar, explorar e crescer livremente nas áreas que necessita. Em alguns casos, esta criança não se vê dessa maneira e acredita que não tem muito a dizer ou aprendeu em algum momento que deve se manter calada.
E quando passado despercebido observa-se que adolescentes e até mesmo adultos carregam essa bagagem e tão tomados pela timidez excessiva que pode afetar a auto-estima e ser classificada como fobia social ou ansiedade social em que a pessoa tem vergonha de se expressar em público, pouco fala e refletindo também nos relacionamentos.
Dessa forma, é importante que seja observado já na crianças e que pais e a escola estejam atentos e procurem, sempre que necessário, a ajuda de um profissional especializado que possa orientá-los sobre a melhor forma de agir.