A manifestação de profissionais da enfermagem contra a suspensão do piso salarial teve baixa adesão na tarde desta sexta-feira (9), em Apucarana. O ato contou apenas com três participantes e ocorreu em frente ao Hospital da Providência. A decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, suspendeu de forma liminar a lei que estabeleceu o piso salarial da categoria.
De acordo com Marli de Castro, presidente do Sindicato dos Empregados dos Estabelecimentos de Saúde de Apucarana e Região (SEESSA), a baixa adesão provavelmente se deve ao medo que os profissionais têm de sofrer represálias. “O medo de mostrar a ‘cara’ para o empregador e medo de perder o emprego é um dos motivos. No entanto, essa manifestação não é contra o empregador, é contra o ministro que decidiu sozinho suspender o piso salarial por 60 dias”, explica.
Marli esteve nesta sexta também em Arapongas, Rolândia e Ivaiporã para participar de outros atos contra a decisão. “Em cada cidade compareceram cerca de 20 pessoas. Esse piso é esperado há mais de 25 anos. Depois da pandemia a população enxergou a dedicação desses profissionais e viu a importância da enfermagem. Porém, eles sempre fizeram seu papel e se dedicaram às pessoas”, observa.
Em Apucarana, Marli acredita que tenha 800 profissionais no setor privado, como enfermeiros, técnicos, auxiliares e parteiros, e o piso abrange cada classe com um valor. “Além dessas 800 pessoas, ainda tem clínicas menores e serviços públicos, mas não é pelo sindicato”, acrescenta.
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