O calendário eleitoral para as eleições de outubro traz, em uma das modificações elaboradas, um período que vai de 2 de março a 2 de abril, com abertura de janela para que vereadores descontentes com suas atuais agremiações possam optar pela filiação em outro partido sem perder o mandato e em condições de participar do processo eleitoral.
Esse período, entendemos, deverá se mostrar muito agitado politicamente, com possibilidade de grandes, e até surpreendentes, “revoadas” de políticos, em busca de novos “ninhos” que lhes possam oferecer mais espaço de trabalho.
Pelo que é possível observar, o Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), que mostra claramente um racha interno, por conta de políticas implantadas por algumas lideranças nacionais, que se recusam a ouvir as bases, poderá – embora em teoria – mostrar mudanças mais acentuadas, com a desfiliação de vereadores e prefeitos, o que também poderá ocorrer com ocupantes de cadeiras legislativas do Partido dos Trabalhadores, que se mostram desconfortáveis diante dos problemas que estão atingindo lideranças, relativamente às operações policiais e da justiça, como suspeitas de participação em atos de corrupção.
Também, no dia 2 de abril, está estabelecido o último dia para que as agremiações efetuem filiações de candidatos e, ainda, último dia para desincompatibilização de interessados em concorrer às cadeiras no legislativo municipal, que estejam ocupando cargos de chefia, direção ou representação.
Com toda certeza e, considerando que teremos um período reduzido por lei, para a realização das campanhas eleitorais, teremos um abril muito agitado no cenário político nacional.
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