Sonho Analítico

Psicólogo: que profissão é essa?

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No dia 27 de agosto de 1962, João Goulart, que era o Presidente da República na época, sancionou a Lei 4.119, que finalmente tornava a psicologia, de direito, uma profissão. Isso só aconteceu graças a luta de diversos profissionais na época.
Em 1964 essa lei foi regulamentada, assim 7 anos depois foi criado o conselho federal de psicologia. Embora a Psicologia se configure como profissão no Brasil há 56 anos, ela ainda é uma profissão nova que luta por seu espaço e reconhecimento, sendo muitas vezes permeada por misticismos e preconceitos. No cotidiano as pessoas não sabem o que é um psicólogo e o que ele faz, com isso muitas pessoas que precisariam buscar o serviço deste profissional se mantêm resistentes, se fechando em seu sofrimento e nos chegam cada vez piores, por muito tempo resistirem a dor.

No imaginário popular ainda é forte e bem presente a imagem de que o psicólogo “é para quem tá louco” ou então é uma criatura mística da qual você não deve se aproximar senão ele irá te “analisar e saber o que você está pensando”. Tendo isso em mente o objetivo da nossa coluna hoje, em comemoração ao dia do psicólogo, é justamente se perguntar: afinal pra que serve um psicólogo?

Para compreendermos a Psicologia enquanto profissão é preciso ter em mente que são psicólogos APENAS aqueles que: completam o curso de graduação em Psicologia; se registram no órgão profissional competente e que o exercício da profissão está relacionado ao uso (que é privativo dos psicólogos) de métodos e técnicas da Psicologia. A Psicologia e o psicólogo costumam ser associados a muitas coisas no nosso cotidiano, mas não se engane aquele seu amigo com o qual você sempre desabafa e pede conselhos não é psicólogo, sua manicure que te ouve no salão não é psicóloga, viajar não se compara a uma sessão com um psicólogo, da mesma forma que comprar roupas não é terapia.

Embora os exemplos citados possam te trazer uma espécie de alívio e “conforto” são de alguma forma uma “válvula de escape temporária”, que irão aliviar as suas angustias e preocupações por um tempo, porém não irão atuar nas causas “reais” de suas questões subjetivas.  Enquanto que o psicólogo é um profissional que dispõe de um conjunto de técnicas e de conhecimentos que possibilitam compreender o que o outro diz, compreender as expressões e gestos que o outro faz, integrando tudo isso em um quadro de análise que busca descobrir as razões dos atos, dos pensamentos, dos desejos, das emoções sempre através de um olhar teórico e técnico.

As pessoas sabem muito sobre si mesmas; no entanto, o psicólogo possui instrumentos adequados para auxiliar o indivíduo a compreender e aplicar esse saber, permitindo a sua transformação e a mudança de suas ações. Ele não te dá conselhos nem respostas prontas, mas te ajuda a compreender suas próprias atitudes e escolhas possibilitando que você se enxergue como um ser com autonomia e responsabilidade. Procurar um psicólogo não é “apenas ir conversar” vai muito além, a escuta de um psicólogo é treinada e diferenciada, estudamos e nos atualizamos diariamente para captar algo sobre alguém que ninguém nunca captou. Para encerrar, é preciso que as pessoas tenham menos medo de nos buscar e tentar, estar ali e ser ouvido, que não se contentem com meios psicólogos enquanto vivem sofrimentos e angústias inteiras.

“Agindo Deus, quem impedirá?” Is 43:13

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