Uncategorized

Pacientes com Alzheimer ganham novo tratamento após quase 20 anos sem avanços

Compartilhe no WhatsApp

Pela primeira vez em quase 20 anos, pacientes com Alzheimer ganharam um novo tratamento. Não se trata ainda de uma cura para a doença neurodegenerativa, mas de um medicamento que atua contra uma das prováveis causas da condição e que, possivelmente, ajudará a controlar o avanço dos sintomas, ou talvez até a regressão dos mesmos.

Siga o Sempre Família no Instagram!

Desenvolvida pela farmacêutica Biogen, a medicação Aduhelm – um anticorpo monoclonal chamado de aducanumab – recebeu a liberação da agência regulatória norte-americana, o FDA, nesta segunda-feira (7). A aprovação, no entanto, está condicionada à continuidade dos estudos clínicos e à confirmação de que a substância é capaz de agir contra o Alzheimer, com benefícios cognitivos. Caso o estudo falhe, a aprovação poderá ser revogada.

As condicionantes foram impostas porque o aducanumab passou por três estudos clínicos, sendo que dois foram paralisados por falta de evidências de benefício. Um comitê independente alertou o FDA de que a medicação não teria indícios significativos de ação, mas outros pesquisadores argumentam que os benefícios encontrados durante a revisão dos dados seriam suficientes.

Como os pacientes estavam sem nenhum avanço há quase duas décadas, a liberação foi dada. Outro detalhe que pesa à favor da substância é que se trata de um remédio totalmente diferente dos disponíveis atualmente para o Alzheimer.

Como o aducanumab age contra o Alzheimer?
Os pesquisadores que estudam o Alzheimer ainda não têm absoluta certeza de qual é a causa da doença, mas eles sabem de alguns sinais indicativos. Entre eles, o acúmulo de proteínas em partes específicas do cérebro, em geral relacionadas à memória.

O agrupamento dessas proteínas leva à morte das células do cérebro (os neurônios) naquela região. Embora não se saiba se esse acúmulo é ou o que gera a doença, ou é consequência dela, a retirada das proteínas poderia trazer um controle do quadro degenerativo. E esta é a proposta do aducanumab.

A substância, chamada de anticorpo monoclonal, é um anticorpo produzido em laboratório a partir de uma única célula e que é capaz de agir contra um antígeno (substâncias estranhas ao corpo humano que geram a produção de anticorpos). No caso do aducanumab, o antígeno a ser perseguido é a proteína beta-amiloide.

Pacientes com Alzheimer podem ter o acúmulo da beta-amiloide, mas também de outras proteínas, como a tau. Para que o aducanumab tenha efeito, ele deve ser administrado apenas entre aqueles com a presença da beta-amiloide – e esta é uma das restrições do tratamento.

“A infusão do aducanumab faria uma limpeza da proteína nessas áreas no sentido de atuar na causa da doença, e que a pessoa tenha uma melhora, uma regressão do quadro degenerativo. Mas ainda não sabemos se isso é suficiente para a pessoa não ter mais o Alzheimer”, explica Amanda Machado, médica neurologista e pesquisadora de tratamentos de demência e da doença do Alzheimer, preceptora de residência e uma das coordenadoras do ambulatório de Distúrbios de Memória do Hospital INC, em Curitiba.

Pacientes específicos do Alzheimer
Além de ter o acúmulo apenas da proteína beta-amiloide, os pacientes que poderão ser beneficiados com o aducanumab devem estar em fases iniciais do Alzheimer. Depois de consolidada a doença, a medicação não terá mais efeito.

“O único problema é que a gente precisa usar em fases iniciais da doença, que muitas vezes o paciente nem sabe que tem, para poder ter um benefício clínico. E esse benefício também não é grande”, destaca Gustavo Franklin, médico neurologista do Hospital das Clínicas da Universidade Federal do Paraná (HC/UFPR).

Segundo o especialista, a redução na quantidade da proteína no cérebro é significativa, mas isso não parece se refletir em uma redução nos sintomas ou na qualidade de vida do paciente. Nos estudos clínicos, os testes de cognição e função demonstraram diferença de uma fração de 1 ponto entre a medicação e o placebo, em uma escala de 18 pontos.

“A redução da proteína é grande, mas clinicamente, nos sintomas, não encontra a mesma proporção. O objetivo não é só melhorar o exame, mas o paciente. Então, é um avanço [a medicação], e estamos em um caminho. Esperamos que no futuro [o benefício] fique mais claro, que esse remédio seja realmente útil ou que venham outros, semelhantes”, explica Franklin.

“Agindo Deus, quem impedirá?” Is 43:13

Dia do Trabalhador

Clique para ampliar

Kombucha da Si – Clique Vídeo

JR Martelinho de Ouro

André Quiroga

Festa do Milho

Pedal de São Benedito

Jornal Edição de Notícias

Resumo de Notícias Mensal

× Anuncie no site
%d blogueiros gostam disto: