O Museu de Arte e História de Arapongas (MAHRA) foi oficialmente reinaugurado na noite de quinta-feira, 11, em nova sede na Rua Flamingos, nº 221, Centro — a antiga casa do ex-prefeito Colombino Grassano. A solenidade, promovida pela Prefeitura de Arapongas por meio da Secretaria Municipal de Cultura, Lazer e Eventos (SECLE), celebrou a retomada do espaço dedicado à memória e à identidade da cidade.
O evento contou com apresentações da Camerata de Violões da Escola Municipal de Artes Nitis Jacon (EMA) e do coral Ebenezer, da Igreja Evangélica Reformada de Arapongas. Em nome da família, o vereador Paulo destacou a emoção do momento: “é muito emocionante para nós estar aqui, na casa do meu avô […] e ver esse resgate da cultura em Arapongas. E eu tenho a certeza que a história, meu avô sempre dizia, nunca se apaga”.
O secretário da SECLE, Pedro Ziroldo, resumiu as ações da pasta em 2025 e afirmou que a reabertura do museu consolida um compromisso: “preservar a memória é construir futuro”. Citando Shakespeare — “o que passou é prólogo” — ele explicou que a primeira fase inclui exposições permanentes e itinerantes, “entre elas, a sala da família, que homenageará a família Grassano”. A segunda fase prevê centro de estudos históricos, sala de restauro, arquivos, biblioteca, salão de palestras e espaços de reuniões. “O MAHRA renasce como um lugar de memória viva”, ressaltou.
Uma casa histórica para a memória de Arapongas
Coordenador do MAHRA, o historiador Gean Carlo Cereia enfatizou o caráter dinâmico do museu: “está em propriedade que não é pública e, sim, particular. E esta versão do museu não é a definitiva”. Para ele, a preservação é “de corresponsabilidade, nós, o museu, poder público e sociedade”, destacando a importância do apoio da gestão municipal e da participação social.
O superintendente-geral de Apoio aos Municípios, Sérgio Onofre, relembrou as origens políticas na residência: “A minha história começou aqui dentro […] A história de Arapongas está aqui dentro mesmo”. A vice-prefeita, Édina Kümmel, contou que propôs a instalação do museu na antiga casa de Grassano, ideia acolhida pela administração: “Quando vocês entrarem, vocês vão se emocionar […] É algo que toca o coração […] Isso porque é a primeira fase do museu. Virão outras fases”.
O prefeito Rafael Cita reforçou o papel formativo do espaço: “quem não conhece a própria história, está fadado a cometer os mesmos erros do passado”. Para ele, o museu é essencial, “principalmente” para as crianças. “Essa casa é uma história viva”, disse, ao defender que o equipamento cultural permanece aberto: “Agora (o museu) não fecha mais. Vai ficar aqui”.
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Também participaram os vereadores Marilsa Staub, Meiry Farias, Simone Santos e Toninho da Ambulância, além de secretários e servidores municipais, membros da sociedade e demais autoridades.
Breve histórico
De acordo com o coordenador do MAHRA, a Lei nº 937, de 05/10/1971, assinada pelo então prefeito Sadaho Yokomizo, criou o Museu de Arte e História de Arapongas, cadastrado no Cadastro Nacional de Museus. Na década de 1980, a doutora Nitis Jacon organizou o primeiro acervo, reunindo depoimentos, fotografias e objetos. No início dos anos 1990, o secretário de Cultura Fred Max Mota convidou Cereia para organizar o acervo de uma exposição sobre a antiga estação ferroviária, enquanto a memorialista Naici Vasconcelos coletava dados e produzia livros e jornais com material histórico. Em 2013, a secretária Édina Kümmel convidou Cereia, Naici e o historiador Bruno para criar um Museu de Arte e História de Arapongas.
Serviço — Museu de Arte e História de Arapongas (MAHRA)
Endereço: Rua Flamingos, nº 221, Centro (antiga casa do ex-prefeito Colombino Grassano).
Horário de atendimento: de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h.
Telefone: (43) 3902-1764 | WhatsApp: (43) 99828-1277.
Fonte: Redação
