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Moradores de Kaloré se revoltam após professor chamar ex-aluno de pobre e filho de preto durante live

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Moradores da cidade de Kaloré, no Vale do Ivaí (norte do Paraná), estão revoltados com o comportamento de um professor que durante uma live pelo Facebook chamou um ex-aluno de “pobre e filho de preto”.

No vídeo, o educador da rede estadual também critica os eleitores de Kaloré que, segundo ele, escolheram a ditadura, fazendo referência aos 64,88% de votos que Bolsonaro fez na cidade. A live foi gravada inclusive logo após o resultado do segundo turno da eleição, no dia 28 de outubro.

O aluno em questão é Bruno Cruz, de 21 anos. Na live, ele pede autorização ao professor para participar da conversa, o que é aceito pelo docente que comenta o resultado da eleição. Em dado momento, Bruno diz que “nunca votou no PT”. Tal frase foi o suficiente para ocasionar a reação do educador.“Meus pêsames, porque você é um sujeito pobre, lascado, estudante de escola pública, filho de preto e neto de preto que não compreende a importância das políticas afirmativas do Partidos dos Trabalhadores”, diz o professor em resposta. Em seguida Bruno pede desculpas e sai da live.

Carla Cruz, mãe de Bruno, diz que o filho tem Síndrome de Asperger, – uma espécie de autismo leve – e é muito tímido. Ela declarou que após o ocorrido, Bruno, que foi aluno do professor durante o ensino médio no Colégio Estadual Abraãm Lincon, ficou extremamente constrangido.

“Por conta da condição dele, Bruno é um rapaz mais quieto e não fala muito. Eu notei que ele estava triste, mas ele sequer comentou a situação comigo. Fiquei sabendo por outras pessoas”, diz Carla.

A declaração do professor desagradou não apenas a família, mas grande parte da população de Kaloré. Na internet, o vídeo viralizou e os moradores manifestaram seu descontentamento. “Que horror”, “esse cara passou dos limites” e “isso é cruel” foram alguns dos comentários. Já outros internautas chegaram a sugerir que a fala do professor foi racista.

O prefeito de Kaloré, Washington Luiz da Silva, ficou sabendo do ocorrido, e em entrevista ao TNonline declarou que considera a fala do professor desrespeitosa. “As pessoas votam em quem querem votar. Ele não pode falar tais grosserias e da forma como falou porque pensam diferente dele. Ainda mais para um professor”, afirma.

Para o prefeito, a postura do educador o preocupa. “A gente fica imaginando como um professor desse comporta em sala de aula”.

Mãe de Bruno diz ter recebido o apoio de professores e membros da APP Sindicato, ao qual o educador é membro. Carla relata que as pessoas consideraram a “fala ofensiva e retrata uma falta de tolerância”.

No vídeo, o professor também faz críticas aos moradores de Kaloré que em sua maioria votaram no candidato eleito a presidência, Jair Bolsonaro (PSL). Ele chama a cidade de antro e diz que a população escolheu a ditatura, o retrocesso, e a repressão. “Kaloré deu ano 60, ditatura militar… Moralismo nojento. Essa é Kaloré”.

Espaço aberto para a versão do professor
O professor em questão ainda não se manifestou sobre a situação e a repercussão do fato, mas o TNonline se coloca prontamente à disposição no sentido de abrir espaço para que o educador se manifeste sobre o episódio.

“Agindo Deus, quem impedirá?” Is 43:13

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