Brasília, com Agência FPA – O setor produtivo saiu vitorioso das discussões envolvendo a Medida Provisória (MP 1303/2025). O texto, que teria que ser votado até esta quarta-feira (8), foi retirado da pauta do plenário da Câmara dos Deputados.
Para o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Pedro Lupion (PP-PR), não há qualquer justificativa para aumento de impostos, visto que o IOF já havia sido restabelecido pelo Poder Judiciário após derrubada no Congresso.
Ele destacou também a força da bancada do agro na rejeição da proposta.
“A MP já devia ter sido recolhida há muito tempo. Sempre fomos contrários e seguiremos contra qualquer aumento de impostos para o cidadão. O agro e o Brasil mostraram sua força mais uma vez no caminho por um país mais justo”, afirmou Lupion.
💬 Grupo do WhatsApp
O deputado foi um dos mais requisitados pela imprensa, que o questionou sobre as declarações do governo, de que a Frente teria rompido acordo com o relator da MP, deputado Carlos Zarattini.
“Não houve acordo algum. Foram feitos avanços para o agro nas negociações com o relator, mas não queríamos novos impostos ao setor. Quando isentaram todos os produtos do agro, retiraram todos os avanços que tivemos. A bancada, então, não tinha a ganhar com a MP”.
IOF
O deputado disse ainda que o governo já tinha se beneficiado da decisão do STF a favor do decreto que aumentou o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
“Na verdade, a MP substituiu o decreto do IOF. Com a decisão do ministro Alexandre de Moraes, o governo já tinha conseguido os recursos de que precisava. Assim, essa MP serviria para injetar mais R$20 bilhões no caixa do governo, às vésperas de um ano eleitoral, o que não podíamos admitir”.
O presidente da FPA não teme eventuais ações retaliatórias do governo federal contra produtos do agro, e garante que a FPA estará pronta para defender os produtores.
Ele reitera que o governo ainda precisa “cortar na carne” e parar de “empurrar a conta” para os cidadãos de bem. “O recado da Câmara é muito claro: os brasileiros não querem mais impostos”, finalizou.