As lâmpadas fluorescentes representam um risco à saúde e ao meio ambiente por conta dos gases de metais encontrados em seu interior, como o mercúrio, chumbo e cádmio, que são altamente tóxicos. Esse material, se descartado no lixo comum, faz aumentar o risco de contaminação do solo, da água, das pessoas e dos animais.

Segundo o diretor de Meio Ambiente de Arapongas, Jacídio da Silva, uma empresa especializada na destinação desses resíduos foi contratada pela prefeitura em processo licitatório. Ele lembra que esse material deveria ser recolhido pela Associação Brasileira da Indústria de Iluminação (Abilux), que representa os fabricantes, conforme a Lei da Logística Reversa (12.305/10). No entanto, a entidade não cumpre a lei.

“Por isso, a Prefeitura decidiu utilizar recursos próprios para providenciar a destinação correta das lâmpadas fluorescentes armazenadas em prédios públicos, cumprindo o seu dever”, assinala. Segundo ele, o município pretende garantir o cumprimento da lei por parte dos fabricantes.

“Vamos trabalhar nesse sentido, mas não descartamos a possibilidade de realizar novas ações de recolhimento como essa. Desta vez, em hospitais e entidades. Também pensamos em recolher o material da comunidade em geral”, assinala.

Na etapa concluída nesta semana, as lâmpadas foram recolhidas de escolas municipais e estaduais, creches, postos de saúde, ginásios, entre outros prédios públicos do município. “Essas lâmpadas estavam armazenadas, muitas vezes, de forma irregular. Por isso, realizamos esse trabalho para evitar os riscos de poluição e contaminação”, explica Silva.