A Prefeitura de Arapongas promoveu, nesta sexta-feira, 16, uma solenidade de abertura oficial do Maio Laranja, de combate ao abuso e à exploração sexual infantil. O dia 18 de maio é a data nacional que propõe dar visibilidade a este assunto.
Na abertura, o vereador Marcelo Júnio, que também faz parte da Secretaria de Educação e é o coordenador da Primeira Infância, ressaltou o papel do poder público nessa luta. “Nós, como poder jurídico, Executivo e Legislativo, não poderíamos nos silenciar diante de uma realidade tão cruel quanto invisível aos olhos de muitos”, comenta.
“Diariamente, cerca de 120 crianças são abusadas no Brasil. No entanto, especialista alertam que apenas 10% dos casos de abuso e exploração sexual contra crianças e adolescentes são denunciados às autoridades”.
A vice-prefeita, Édina Kümmel, lamentou que esse tipo de abuso continue ocorrendo e enalteceu o papel da Cultura como transformador de atitudes. “Temos que lutar, fazer todos os movimentos que nós pudermos para preservar as nossas crianças”, comentou.
O secretário Pedro Ziroldo, de Cultura, Lazer e Eventos, destacou o papel fundamental da arte para atingir a população. A Secretaria desenvolve programas que tratam do tema de abusos de forma lúdica, com peças de teatro voltadas ao público infantil. “A própria comunidade muitas vezes questiona por que ter uma pasta chamada Secretaria da Cultura. É para isso”, comenta. “Quando nós falamos de cultura, falamos da construção da identidade de um povo, da linguagem, do pensamento, da maneira de se comunicar e da maneira de se relacionar consigo, com o planeta e com o próximo”, destaca Ziroldo.
Paulo Argati, secretário de Segurança Pública e Trânsito, enalteceu a iniciativa e colocou a secretaria à disposição para auxiliar.
O prefeito Rafael Cita reafirmou a importância do combate ao abuso sexual infantil. “Até havia um certo preconceito de tratar desse assunto de maneira lúdica ou de maneira informativa, porque há quem dizia que iria sexualizar as crianças. Não, por favor, é importante, de uma maneira adequada, tecnicamente correta, tem que falar. O único jeito de causar a reação é dando informação”, frisa o prefeito. “É um problema gravíssimo, muitas vezes intransponível, porque acontece no âmbito familiar, ou em casa, ou no âmbito da confiança. Muitas vezes há uma proteção do abusador”, pontua Cita, que elogiou a forma global como o tema do abuso é tratado em Arapongas.
Também participaram o vereador Valdecir Pardini; os secretários municipais de Governo, Lucia Golon; de Segurança Alimentar e Nutricional, Terezinha Canassa; de Controle, Integridade e Transparência Pública, Henrique Filetti; representantes das polícias Civil e Militar, do Conselho Tutelar, Guarda Municipal, Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA) e Centro de Referência Especializado da Assistência Social (CREAS).
Ainda nesta manhã, houve uma blitz educativa a respeito do tema no sinaleiro em frente à Praça do Santuário Nossa Senhora Aparecida (Praça da Igreja Matriz).



