Pedro Lupion defende aprovação da anistia: “É extremamente necessário”

Pedro Lupion defende aprovação da anistia: “É extremamente necessário”
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O presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado federal Pedro Lupion (PP-PR), voltou a defender nesta sexta-feira (05) a anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023. A discussão sobre o assunto avançou nos últimos dias no Congresso Nacional em meio ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF). O parlamentar também fez críticas ao governo federal por conta dos prejuízos causados pela taxação de 50% dos produtos brasileiros determinada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. 

“A anistia é algo extremamente necessário. São penas completamente desproporcionais que foram aplicadas àquelas pessoas que protestaram no dia 8 de janeiro. Não estou passando pano para ninguém. Quem errou tem que ser punido, quem depredou tem que ser punido. Isso não é essa a questão. A questão é o uso político das instituições, principalmente da justiça brasileira, que precisa ser revisto”, disse Pedro Lupion nesta sexta-feira (05) durante entrevista nos estúdios do TNOnline. Segundo o parlamentar, muitos condenados são “inocentes” e tiveram penas superiores a de traficantes e assassinos no país. “Isso a gente não tem como aceitar de jeito nenhum.”

Pedro Lupion admite que a pauta da anistia tem forte resistência no Congresso Nacional. “A base de apoio do governo, os partidos de esquerda, são claramente contrários, mas nós estamos chegando a um denominador comum para conseguir pautar e de conseguir colocar os votos (necessários)”, assinala. Segundo ele, o caminho para a aprovação na Câmara é mais fácil. “Nós, na Câmara, tenho certeza que aprovaremos. No Senado, é um cenário um pouco mais difícil, mas conseguimos já as assinaturas necessárias para uma urgência desse projeto. Nas próximas semanas, vamos trabalhar bastante pela aprovação”, pontua.

Ele também critica a postura do Judiciário em relação ao ex-presidente Jair Bolsonaro. “Eu, particularmente, não aceito que uma reunião do presidente da república com embaixadores cause a prisão dele, ou a cassação dele, ou a inelegibilidade dele. Não existe a possibilidade disso. A gente tem que reconhecer a liderança política que tem o ex-presidente Bolsonaro, a representatividade que ele tem”, diz Lupion, assinalando que a situação de Bolsonaro é diferente do presidente Luiz Inácio Lula (PT) quando foi preso. “Não dá para comparar. O atual presidente foi preso por corrupção, por roubar dinheiro público, não por uma questão estritamente política e ideológica”, diz Pedro Lupion.

TAXAÇÃO DOS EUA

O presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária afirma que esse cenário levou o país a taxação determinada por Donald Trump, que trouxe prejuízos, com redução de 18,5% das exportações para os Estados Unidos em agosto, conforme levantamento divulgado na quinta-feira (04) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.

No Paraná, o setor mais afetado foi o da madeira, que tinha os EUA como o destino prioritário de suas exportações. A produção de tilápia também foi impactada no Estado, já que 60% eram enviados para o mercado norte-americano. “Um problema sério ainda envolve a carne bovina, com praticamente 30 mil toneladas por mês a menos (exportadas para os EUA”, diz, citando também o café.

Ele mostra preocupação com novas sanções com o julgamento de Bolsonaro. “Os Estados Unidos deixaram muito claro que não é só uma questão comercial ou geopolítica, mas política. Uma crítica muito forte e muito contundente em relação aos posicionamentos do Supremo Tribunal Federal.”

Segundo Lupion, o presidente Donald Trump já deixou clara a posição dele a favor da anistia. “Quando o Supremo continua aumentando a aposta e aumentando a provocação, é natural que haja mais uma reação dos Estados Unidos”, assinala.

CENÁRIO ESTADUAL

Não é apenas em Brasília que o cenário político está aquecido. Pertencente ao Progressistas, Pedro Lupion adota um discurso de cautela sobre o “racha” no Paraná da Federação União Progressistas , que une o União Brasil e o Progressistas.

A federação criada em âmbito nacional tem sofrido resistência entre os líderes estaduais. Após a Executiva Nacional do União Brasil intervir no Paraná e definir que o senador Sérgio Moro irá comandar o partido no Estado, o deputado federal Ricardo Barros, que comanda o Progressistas ao lado da filha, a deputada Maria Victoria, divulgou nota informando que ainda não existe consenso para definir quem vai comandar a Federação União Progressistas no Estado. Sergio Moro é pré-candidato ao governo do Paraná, enquanto a família Barros tem alinhamento político com o grupo do governador Ratinho Junior (PSD).

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“A Federação União Progressista foi criada em âmbito nacional e cada um dos Estados tem que arcar com as consequências e administrar os posicionamentos políticos. Aqui, o União Brasil e o Progressistas têm bastante parlamentares. Somos cinco deputados federais no Progressistas e também cinco no União Brasil, além de diversos deputados estaduais. São partidos grandes aqui no Estado”, disse.

Ele assinala que o posicionamento do deputado federal Ricardo Barros de que não seria hora de apoiar nenhuma candidatura gerou uma “briga interna” grande nos partidos. “Mas nós temos bastante tempo ainda. O prazo das convenções é só em agosto do ano que vem. Então tem muito chão ainda”, diz.

Ele comentou as especulações de poderia deixar o Progressistas – o nome dele foi ventilado no Republicanos – e sair a vice de Moro. Segundo os parlamentares “estão falando por ele”. “É tudo muito chute. Ser lembrado e consultado para situações e posições importantes de representatividade do Estado é motivo de orgulho, mas não tem essa conversa. Isso não está acontecendo. O que acontece é uma oportunidade de comandar outro partido aqui no Estado, de uma articulação política que está sendo feita nacionalmente também. É possível que isso ocorra. Nada ainda batido o martelo, nada ainda certo, mas é para que a gente consiga, no nosso grupo político, ter o protagonismo e continuar auxiliando os nossos prefeitos”, disse.

Sobre a disputa estadual, ele afirmou ainda que o governador Ratinho Junior precisa ainda decidir sei irá renunciar ao governo Estado em abril e se irá disputar a Presidência da República, além de definir o seu sucessor. “Hoje ele tem quatro candidatos dentro do próprio partido. Então, precisa o governador Ratinho dizer quem é o candidato dele para que nós todos possamos nos ajeitar. É igual a carga de melancia: vai passando e ajeitando a carga conforme o caminho”, diz.

Informações: TnOnline

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