Brasília, com Agência FPA – A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) se reuniu, nesta terça-feira (19), para apresentar os impactos e as consequências do Plano Clima – desenhado pelo governo brasileiro e que atribui ao agro emissões que incluem desmatamento fora do domínio privado (áreas públicas, assentamentos). Além disso, o documento ignora remoções em propriedades e pune supressão legal sem incentivos, em pleno momento de negociação internacional das tarifas dos EUA.
Nas palavras do presidente da bancada, deputado federal Pedro Lupion (PP-PR), “é uma verdadeira ‘autossabotagem’, uma sabotagem interna do governo PT com o país”
“Aí vem o governo brasileiro, diante de uma séria negociação, e apresenta esse documento que diz o contrário de tudo aquilo que vem sendo apresentado por embaixadores e entidades do setor? A pergunta que fica é: quem fala pelo o Brasil?”, completou Lupion.

Os parlamentares da FPA demonstraram desânimo com o fato do governo brasileiro ignorar todo o avanço que o Congresso Nacional proporcionou às leis ambientais e às melhorias que garantiram um grande ativo ao setor agropecuário como um todo.
“Diante dos riscos das tarifas americanas, ignorar tudo o que já avançamos em legislação no setor produtivo revela incoerência. Eles saem daqui para vender uma imagem equivocada do Brasil e do agro, prejudicando nossa reputação lá fora. Devemos defender o produtor rural e a credibilidade da nação, além de salientar o quanto o nosso setor preserva e produz”, afirma Lupion.
“Maldade”
Para a senadora Tereza Cristina (PP-MS), vice-presidente da FPA no Senado, o documento faz parte de mais um “capítulo de maldades” do Poder Executivo. De acordo com a ex-ministra da Agricultura, é necessária muita pressão pública e empenho na comunicação para levar ao público a realidade do setor e os equívocos contidos no Plano Clima.
“Isso é mais uma maldade do Ministério do Meio Ambiente. Esse documento é coisa do Executivo e, por isso, precisamos de muita pressão pública. A COP-30 será esvaziada e contrária ao setor agropecuário por conta dessas bombas, com dados que nem são oficiais. Tudo isso é muito sério”, enfatizou.