Cerca de 60 professores da rede municipal de ensino participaram, na manhã desta sexta-feira (6), de uma formação promovida pelo projeto Abelhas Sem Ferrão, da Secretaria Municipal de Educação (SME). Conduzida no auditório do Complexo Educa, a capacitação contou com representantes das 45 unidades escolares municipais onde a iniciativa é desenvolvida.
As atividades foram ministradas pela professora do Departamento de Biologia Geral da Universidade Estadual de Londrina (UEL), Silvia Helena Sofia, e pelo apicultor e meliponicultor Alexandre Santos de Souza. Em sua fala, Sofia abordou a importância das abelhas para a polinização e para a biodiversidade, destacando a variedade desses insetos e sua função no meio ambiente. Frisou, também, a relevância do projeto Abelhas Sem Ferrão para a conscientização e sensibilização das crianças atendidas. Já Souza enfocou os cuidados que as unidades participantes devem ter em relação às colmeias pelas quais são responsáveis.

O evento também incluiu a entrega simbólica de casinhas de madeira com cadeados e chaves para docentes das 30 escolas e Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs) que recentemente ingressaram no projeto Abelhas Sem Ferrão, representando seu papel de guardiões desses insetos. Os participantes receberam ainda sachês de mel para compartilhar com os outros docentes de sua unidade, de modo que todos se sintam pertencentes à iniciativa.
O projeto Abelhas Sem Ferrão é coordenado por dois servidores da SME: a responsável pelo Apoio Pedagógico de Ciências, Cristina Borba, e o engenheiro agrônomo Paulo Roberto Guilherme. No total, a iniciativa atende 11.500 crianças, desde a Educação Infantil até o 5º ano do Ensino Fundamental.
Segundo Borba, além do cuidado com as colmeias e das formações para professores, o projeto inclui visitas técnicas orientadas pelo meliponicultor Alexandre Santos de Souza, bem como visitas pedagógicas e oficinas ofertadas para as crianças pela Universidade Estadual de Londrina (UEL).
Ela salientou que o projeto tem sido muito bem-aceito pelos alunos e professores da rede municipal, que têm realizado diversas ações positivas relacionadas ao tema. “Tanto que fomos aprovados recentemente, pela segunda vez, para receber recursos do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Ampliamos o projeto de 15 para 45 unidades escolares e já temos lista de espera de outras que querem participar. Além disso, contamos com materiais de apoio muito bons, como grupos de WhatsApp para tirar dúvidas dos professores, conteúdos produzidos pela SME e livros sobre o assunto. Outro destaque é o site que fizemos, que detalha todo esse trabalho de educação ambiental”, afirmou.

Histórico – Implantado em 2022, o “Abelhas Sem Ferrão: Conhecer para Preservar” tem como objetivo instalar colmeias de abelhas nativas sem ferrão da espécie Jataí (Tetragonisca angustula) em unidades que já desenvolvem ações como hortas escolares ou jardins sensoriais. O projeto busca informar e sensibilizar a comunidade escolar sobre a importância das abelhas sem ferrão na polinização, destacando seu papel essencial para a manutenção dos ecossistemas e preservação da biodiversidade.
Inicialmente, a ação contemplou as escolas municipais Maestro Andrea Nuzzi, Maestro Roberto Pereira Panico e Professora Noêmia Alaver Garcia Malanga. Em 2023, a SME submeteu-a à 20ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, obtendo aprovação e financiamento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico no valor de R$ 40 mil. Esse montante foi destinado ao projeto de abelhas nativas, que foi expandido para 15 unidades, e também para hortas escolares. No ano passado, o “Abelhas sem ferrão” foi submetido e novamente selecionado na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (21ª SNCT). Com um financiamento no valor de R$ 50 mil, o projeto pôde viabilizar a sua expansão para mais 30 escolas e CMEIs.
Prefeitura de Londrina