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1ª Semana da Difusão da Cultura Surda é realizada na UEL e reúne participantes de todo o Brasil

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O congresso foi idealizado e realizado com a participação de um grupo de araponguenses e trouxe palestrantes renomados nacional e internacionalmente.

O número de pessoas surdas no Brasil passa dos 10 milhões, mas a grande maioria da população brasileira desconhece as dificuldades e peculiaridades deste universo cheio de talentos e de pessoas que superam todo tipo de limites e desafios a cada dia.
A UEL – Universidade Estadual de Londrina foi palco de um importante congresso na área da educação. A 1ª Semana da Difusão da Cultura Surda foi realizada entre os dias 28 e 31 de janeiro, no Centro de Estudos Sociais Aplicados (CESA) e no Centro de Educação, Comunicação e Artes (CECA). O objetivo foi apresentar a cultura e comunicação dos surdos à comunidade de Londrina e região, mas pessoas de diversos estados do Brasil estiveram presentes no evento, em sua maioria, profissionais da área da educação interessados em conhecer e ampliar seus horizontes linguísticos e culturais para poder oferecer um atendimento mais qualificado aos surdos e seus familiares.
Cada noite do congresso contou com um palestrante surdo, referência na área, e de renome, dentro e fora do Brasil, pesquisadores expoentes e suas pesquisas com relação à surdez. Abrindo o circuito de palestras, Cleusa Camargo de Oliveira, homenageada especial do evento. Cleusa é mestranda em Educação pela FCT/UNESP, educadora no Colégio Estadual do ILES e docente da disciplina de Libras na UEL. Em sua aula magna, contou sobre sua trajetória pessoal, acadêmica e profissional e seus trabalhos na área da educação.
A palestrante da segunda noite foi Ana Regina Campello, que abordou o tema “Reorganização social da comunidade surda por meio de políticas públicas de incentivos educacionais”. Ela é professora doutora pela Universidade Federal de Santa Catarina com período sanduíche na Gallaudet University (USA), professora do Instituto Nacional de Educação dos Surdos (INES), além de membro efetivo e com mandato na comissão que compõe a diretoria da World Federation of the Deaf.
A terceira noite teve como palestrante Daniele Miki Fujikawa Bozoli, graduanda em Licenciatura em Letras Libras pela Universidade Federal de Santa Catarina (2010) e mestre em Educação pela Universidade Estadual de Maringá. Doutoranda em Linguística pela Universidade Federal de Santa Catarina. Atualmente é professora da Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Câmpus Apucarana. Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Libras, atuando principalmente nos seguintes temas: linguística da língua de sinais; tradução e interpretação de Libras/Língua Portuguesa; e escrita de língua de sinais pelo sistema SignWriting. O tema da palestra foi “Escrita de sinais”.
Fechando o circuito de palestras, André Ribeiro Reichert, doutor em Linguística Aplicada pela Universidade Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS), professor da Universidade Federal de Santa Catarina e pesquisador com ênfase em educação dos surdos, abordou o tema “Cultura Surda”.
Além das palestras noturnas, o congresso contou com seis minicursos, ministrados durante as manhãs e tardes por jovens surdos de Arapongas, Apucarana, Califórnia e Londrina, graduados na área da educação, abordando como temas: História dos Surdos, Cultura e Identidade Surda, Curso Básico de Libras (Língua Brasileira de Sinais), Educação Bilíngue, TILS e Ética e Classificadores em Libras.
O idealizador do evento foi o jovem araponguense João Gabriel de Araujo Oliveira, mestrando em Economia pela UEL. João está se transferindo para a capital federal para seus estudos no Programa de Pós-Graduação em Economia Política na modalidade strito sensu da Universidade de Brasília (UnB). “Meu primeiro contato com a comunidade surda se deu quando conheci minha namorada, que é surda. Através da convivência com ela, pude perceber que a sociedade em geral e, sobretudo a da nossa região, é muito carente de informações a respeito da comunidade surda e da Libras. Este congresso não teve como objetivo apenas proporcionar mais conhecimentos para as pessoas que já atuam na área da educação dos surdos, mas também de despertar na comunidade em geral o interesse pelo assunto e quebrar certos tabus que a sociedade ainda tem sobre as pessoas surdas e mostrar a todos o quão capacitados e esforçados elas são. Estou muito satisfeito com o resultado do nosso primeiro congresso. Nossa região nunca sediou um evento dessa importância na área da cultura surda. Todos os nossos objetivos foram atingidos e superados e isso nos dá todo o incentivo necessário para a realização do próximo congresso, ainda maior, em 2020. Agradeço a todos os integrantes da comissão organizadora, aos patrocinadores e apoiadores, à UEL e, principalmente, a cada uma das pessoas que prestigiaram nosso evento.”
O congresso foi todo ministrado em Língua Brasileira de Sinais, com tradução para a Língua Portuguesa, e teve o apoio do Hotel Bristol, Associação dos Surdos de Londrina, Centro de Comunicação e Artes (CECA) e a ONG Bico Amarelo Acessibilidade e Inclusão.
Fotos e vídeos do congresso estão disponíveis na fanpage do evento: facebook.com/sdcsuel

O idealizador do evento foi o jovem araponguense João Gabriel de Araujo Oliveira, mestrando em Economia pela UEL

Cleusa Camargo de Oliveira, homenageada especial do evento, abriu o circuito de palestras

Comissão organizadora da 1ª Semana da Difusão da Cultura Surda

“Agindo Deus, quem impedirá?” Is 43:13

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