André Ricardo Rogério

Somos como grãos de feijão!

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Certo dia, sentado numa cadeira, na varanda da casa dos meus pais, estava relembrando o tempo de infância… Naquela época, na escola pública municipal, quando cursava o primeiro ano, que era chamado de primeira série do ensino fundamental, na primeira aula de Ciências, minha classe e eu fomos levados ao laboratório de ciências da escola, onde faríamos nosso primeiro experimento. O professor distribuiu para cada aluno um copo descartável, daqueles de café, um pequeno pedaço de algodão e um grão de feijão. Ele nos ensinaria plantar o feijão de modo que não usaríamos a terra logo de início. Então, colocamos o grão de feijão no copo, encharcamos o pedaço de algodão na água e o usamos para envolver a semente.

Feito isso, guardamos nosso pequeno experimento em uma caixa de sapatos, fechada, com alguns furos para que entrasse apenas o oxigênio necessário. Para nossa surpresa, dentro daquela caixa brotaram todos os grãos de feijão! Com pouco espaço, sem contato com o solo, sem luz, pouca água, os brotinhos nasceram todos branquinhos e sensíveis.

Dali, levei o experimento para casa, deixei na janela do meu quarto, como havia orientado o mestre, até saírem as primeiras folhas e depois o plantei na terra, no quintal da casa. E até produziu algumas vagens… E ali, sentado na varanda da casa, refletindo sobre esta faceta da minha vida, pude notar que somos como grãos de feijão, plantados num pequeno espaço, confinado, escuro e com poucos recursos.

Até o instante em que vamos nos desenvolvendo, nos transformando, criando forma, sensíveis, sem sofrer nenhuma adversidade de tempo ou de espaço, num processo que chamo EDUCAÇÃO FAMILIAR. Depois somos conduzidos à luz, à realidade. E aquela terrível sensação de desconforto força a nos adaptarmos ao novo universo.

Choramos, ficamos um período cabisbaixo, mas superamos! E ali, vamos nos desenvolvendo, nos cobrindo de folhas do conhecimento, através da ESCOLARIZAÇÃO. Até que, concluindo esta etapa, somos novamente levados a outro lugar, desta vez, para a terra, para o mundo, onde além da luz ardente da realidade, do desconforto das formigas cortando nossas folhas, dos parasitas se prendendo em nós, venenos e toxinas são ingeridas com certa frequência junto com os nutrientes e a água, adquirindo certa EXPERIÊNCIA.

Então percebemos a necessidade de criar raízes mais profundas e resistentes, folhas mais largas e espessas, aprendendo a fazer escolhas e tomar decisões, afim de sobrevivermos. Esta etapa é de CAPACITAÇÃO. Porém ali, onde a adversidade é maior, temos a oportunidade de sermos livres, espalhar nossas ramas, nos fortalecer, crescer e produzir bons frutos, SOCIALIZAR. Mas tudo isso só é possível se cultivarmos uns aos outros com amor, carinho e atenção.

Deus é como o mestre, que nos dá a semente da vida e a sabedoria, e nós seremos os seus lavradores e devemos cultiva-la! E tudo isso é VIVER!

Rogério, André Ricardo.

Os artigos assinados são de responsabilidade dos colunistas.

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