Editorial

Editorial Edição 235 – Dia das Crianças: Há razão para comemorar?

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Dia das Crianças, data em que não apenas as crianças comemoram, mas também os adultos. Afinal, a data é feriado nacional e como em todo feriado, é sempre benvinda aquela pausa nos nossos afazeres.
Lembramo-nos desse dia como um dia especial voltado às crianças, em que todos os tipos de pais se fazem presente; os precavidos, com os presentes já definidos e comprados.
Porém, nem tudo se resume a compra de presentes, alegria e confraternização de todos os familiares e amigos nessa data tão aguardada por inúmeras crianças de todos os cantos deste país. Não há como não recordar as mães aflitas empunhando em suas mãos trêmulas, cartazes com a foto de seus filhos desaparecidos, desconhecendo o seu verdadeiro paradeiro, quando não tem o apoio da mídia, não contam sequer com o auxílio do governo e de órgãos competentes na busca de informações para o encerramento do caso, ou então, a prostituição infantil que degrada cada vez mais nossa sociedade, cenas que se repetem não apenas em um determinado Estado ou região do país – se engana aquele que pensa isso – que infelizmente, em todo o Brasil, por onde quer que vá, é repetida diariamente em beira de estradas, bordéis, e ainda, pais que vendem seus filhos a qualquer preço, sustentando ainda mais o tráfico infantil.
Escolas sucateadas, paredes corroídas prestes a cair, carteiras em estado lastimável, quadros negros improvisados, professores mal remunerados, ensino deturpado, verbas desviadas de merenda escolar, informatização de escolas e compra de materiais básicos, tudo isso feito através de um organizado sistema corrupto presente em quase todos os municípios – sendo otimista para não falar, todos – faz do Brasil, um dos países com pior qualidade de Educação do mundo.
Por fim, se formos por esse lado não  temos razão alguma para comemorar esse dia e colocá-lo como referência às crianças, afinal, se tomarmos como exemplo apenas o nosso país, com tantas crianças em trabalho pesado e ainda por cima, escravo, fazendo delas pobres indivíduos indefesos e sem ter a quem socorrê-las, uma vez que, o governo se mostra inapto em se fazer cumprir as leis, e muitas vezes, são os próprios ardilosos participantes desse governo que são donos de fazendas, pedreiras, mineradoras, carvoarias, entre outros redutos de trabalho servil e infantil. O maior presente que possamos dar a essas crianças é o respeito e a dignidade perdidos pelo abuso e pelo incessante desejo de o homem enriquecer a qualquer custo, sob qualquer pretexto e de qualquer forma.

“Agindo Deus, quem impedirá?” Is 43:13

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