André Ricardo Rogério

A lei do amor

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Era dia de domingo e, como de costume, fui à missa. Cheguei na porta da igreja, já lotada de seguidores, adiantei e me ajeitei num dos últimos bancos de madeira, de joelhos, para me concentrar em oração. E olhando a bela arte daquele templo, todo ilustrado e cheio de símbolos, comecei a estudá-los. O olhar ligeiro percorreu os quatro cantos, e o que mais me chamou a atenção foram os 14 quadros expostos ao redor do templo constituindo a Via Crucis (do latim “caminho da cruz”). Naquele instante, minha mente viveu o exercício da via-sacra, como também é chamada, junto de Jesus, desde o Pretório de Pôncio Pilatos até o monte Calvário. Logo, notei que desde o 1º quadro até o 12º existe a presença da lei humana, figurada na pessoa do soldado romano, vestido de vermelho, cor que simboliza o martírio. O soldado romano crucificando e aprisionando Jesus de Nazaré, que simboliza a lei divina, e desafiando a lei da natureza, com chibatadas e muita tortura.

Jesus, em sua incrível resistência, prova que sua força domina os extremos da lei da natureza, pois qualquer outra pessoa já teria esmorecido com tanto tormento.

Então o divino é mais forte que o natural? Não. Existe uma harmonia, e ambos se respeitam.

E por que a lei humana está dificultando tanto a harmonia e paz mundial?

Tomás de Aquino define lei humana como uma ordenação da razão para o bem comum promulgada por quem dirige a comunidade, e quem dirige a comunidade, atualmente, não está promulgando leis com base na justiça e na razão do bem comum.  A lei humana não está orientada na lei divina, como deveria estar.

E ainda me veio a dúvida: – Porque os últimos 2 quadros não tem a presença do soldado?

Logo, a lei humana não sobrepõe a ação da lei natural, da morte, como representado no 13o quadro. E a morte, no quadro, pode ser interpretada como uma transição da vida. Você morre para alguns hábitos e ressurge para novos, assim como a semente desaparece para se transformar numa árvore.

A lei da natureza está muito acima da medíocre e pobre lei que a sociedade humana criou e que nos corrói a liberdade tal qual a traça corrói um véu. Assim, todos somos réus da consciência formada pelo senso comum. Quase ninguém mais pensa por si só, apenas admite e toma como certo os dogmas impostos pela cultura religiosa e/ou comunitária eleita como certa pelos demais indivíduos. Não aconselho ser rebelde, mas que também não seja medíocre. Seja você mesmo, tenha seu próprio estilo de vida, vista a roupa que você gosta, o velho tênis favorito, ouça a música que lhe agrada, frequente os lugares que te inspira, viva a vida com livre arbítrio. Jesus não deu ouvidos aos dogmas de sua comunidade e nunca desrespeitou a lei divina. Ele viveu nos princípios e valores divinos, em harmonia com a natureza, mas a lei humana o crucificou, pois a lei humana é falha e nem sempre é justa. Então, se você está sofrendo duras penas pela injustiça, preconceito, discriminação, ou seja, qual for o teu sofrimento, lembre-se de que a lei divina é justa, repleta de amor e misericórdia, e que se você tiver fé e viver na sabedoria, estará mergulhado neste amor abundante. Ame ao próximo como a ti mesmo, e não precisará de nenhuma outra lei! Serás livre!

André Ricardo Rogério.

 

“Agindo Deus, quem impedirá?” Is 43:13

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